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quinta-feira, 27 de maio de 2010

SILÊNCIO


E vem sorrateira
A luz da lua,
Deita sobre o fone
A me fazer companhia
Em mais uma noite insone.

E vem à minha lembrança
As horas que passamos juntos
Enquanto a meu lado tenho
A megera que não se vai
E que toda a noite fica
A me lembrar o inferno de Dante.

E esqueço mais e mais
teu perfume.
E tua imagem esfumaçada
Some como nuvens
No silêncio da noite.


Rio, 06/04/91 - 3:00 a.m.

Tinha tremenda frustração de não saber escrever. Invejava um amigo da faculdade, Rodrigo, um cara muito criativo, que escrevia estórias malucas. Um dia, enquanto caminhava para casa, pelo caminho mais bonito e mais perigoso, a Praia do Flamengo, meu primeiro poema foi se formando. Tinha tomado uns chopps e acabado de ver um filme que mudou minha vida: " Bagdad Cafe ". Cheguei em casa procurando  caneta e papel, antes que esquecesse. Claro que havia, também, uma musa, mas ela nunca ficou sabendo ...

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