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quinta-feira, 27 de maio de 2010

O TEMPO

Pudesse o tempo tornar,
Seríamos novamente amigos.
Nos mesmos velhos bares,
As boas e antigas risadas.

Pudesse o tempo tornar,
Teria você no colo,
Sentiria o perfume de criança.
Choraria minha última lágrima.

Pudesse o tempo tornar,
Seríamos novamente amantes.
Haveria carinho,
Em vez de amargura e rispidez.

Pudesse o tempo tornar,
Seria novamente livre.
Correria pelo asfalto trás da esfera,
Sob torrente da cidade tropical.

Pudesse o tempo tornar,
Teria novamente inocência.
Seriam como ídolos de pedra,
Dignos de adoração.

Pudesse o tempo tornar,
Seria novamente célula.
Perderia a corrida,
Essa vez.

Período da faculdade conturbado. Muitos conflitos pessoais. Aprendendo a pessoa que seria mais tarde. Cada estrofe é dedicada a um determinado período. De maneira regressiva.
Aos amigos daquele tempo, cuja presença estava perdendo: Um havia sofrido grave acidente e ficado paraplégico, outro morrido de meningite, durante férias inexplicáveis em Manaus e outro concluido a faculdade e voltado para casa ...
À minha primeira filha, de quem estava separado há quatro anos.
À mãe dela, que hoje é minha mulher, em um período não muito bom.
Aos amigos de infância.
A meus pais.




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