Cantam torpes boêmios
Carro passa, carro passa ...
Antenas como paliteiro,
Palmeiras como prédios.
Sozinha a estátua,
Em meio ao chafariz estéril.
Carro passa, carro passa ...
E enquanto brilham
Poucas estrelas,
Estilhaçam-se copos,
Na comemoração do nada.
Único olho aberto,
Prédios como palmeiras.
Carro passa, carro passa ...
Ah! Olhe todas essas pessoas solitárias.
De onde poderiam vir ?
Rio, 10/ 04/ 91 1:30 a.m.
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